sexta-feira, 12 de agosto de 2011

inconstâncias.


Então, não sei porque cargas d'água estou escrevendo novamente. Desculpe-me, não estou escrevendo. Estou vomitando palavras. um verdadeiro descarrego.
Mas é que finalmente aconteceu.
Já era previsto. Era incontrolável. Era banal, para muitos.
Enfim, era irremediável e incompreensível.
Era simplesmente uma vida com curvas, se fisicamente possível, haviam "loopings".
De nada adiantava mudar, de nada adiantava continuar. Era a inércia pura.
Como um motorista bêbado, que sabe que está agindo errado, mas que realmente quer chegar no final de seu percurso. O problema é que me importo com quem sai ferido. Para a infelicidade das testemunhas, a maioria dos causadores de acidentes não morrem. Não saiu assim.
Terminou em acidente. Consegui frear o carro no momento do baque. Ninguém, além de mim, conseguiu sair mais ferido. Não importa mais. O estrago já está feito.
A inércia finalizou. Agora eu sei que tenho dois caminhos.

Fingir que nada aconteceu, e continuar em movimento uniforme. Uniforme, igual. Como insanamente faço.
Ou tomar um atitude. Apavorante, eu sei.
O problema é que eu não estava sozinha nesse mundano carro. Uma grande pessoa está comigo.
E agora?
Vê-la se ferir não é nada agradável. Mas simplesmente, essa pessoa não poderia pegar um volante semi governado, e trocar a rota. Era loucura. Era protêrvia. Era errado.
Agora, os guardas irão chegar, e a bagunça será consertada. Não importa, as cicatrizes ficam marcadas até o fim. E não há recomeço algum que possa apagá-las.
E enfim, me levarão. Para casa, ou para qualquer lugar. Afinal, para onde se pode levar?
O final dessa história? Não há, por hora.

Só sei que não houve tempo para airbags, nem para frear antes da batida. O impacto foi grande, como qualquer acidente de carro. As curvas sozinhas não são um fator. O meu estado, só, não foi um fator. A pessoa, somente, não foi um fator. Mas como termite, quando tudo se junta, há uma explosão e tanto.
A verdade é que esses fatores não podem coexistir. Mas, no momento, não há como separá-los. Pelo visto, o acidente gerará um explosão. Ou melhor, continuará explodindo, até que um fator, pelo menos, se aniquile por inteiro.

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