sábado, 22 de janeiro de 2011

só uma pausa.

Não que eu não me caiba mais em palavras, elas continuam sendo o que eu sempre pensei que elas fossem. Não que eu não as mereça mais, todo ser humano merece se expressar. Não que eu não goste das mesmas coisas, eu continuo tendo os mesmos gostos. Não que o mundo inteiro se alterou e eu continue a mesma, e nem o inverso.
Só acho que uma pausa - não merecida - me caiba bem.
Não é a falta de assunto que me incomoda, é a indecisão de assunto. Por hora, eu ficarei em cima do muro.
Desculpas a quem visitava o Sem Resultados, e agora não terá motivos para acessar.
Eu só preciso respirar bem fundo, e seguir adiante. Não é um adeus, é somente um Até logo.
Porque isso não me deixa feliz, eu gostaria de continuar escrevendo sem cessar, contudo não é perseverança que me falta, e sim a ilusão que eu sempre tive: A vida me dará o assunto a abordar.
Enfim, acho que serão uns meses, poderão ser semanas... não sei.
Mas a ausência é inevitável, como as estações, elas vêm e depois passam... Mas elas sempre voltam.

Beijos, e novamente, me desculpem. Não gosto que isso "termine" assim.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

passagem.

Natal.Ano novo. Eu sempre penso a mesma coisa: De nada me adianta pensar sobre as minhas alegrias e derrotas. Os 365 dias e 6 horas já não voltarão mais.
Mas como eu tenho a mania de lutar contra mim e querer vencer, eu dei uma olhadinha nos meus textos do ano passado, do meu antigo blog.
Uns são deploráveis, coisa de adolescente em crise mesmo. Outros se salvam.
Em um momento saudosista, alguns parágrafos me fizeram sorrir, e alguns me entristeceram.

Invés de apresentar uma versão Aline 2011, irei lhes mostrar uma Aline 2009.
E eu realmente desejo muitas realizações, vitórias e quedas, e claro: muitos textos para mim e para você. :)

Pintar a escrita

"As pessoas escrevem para se tornar eternas."

Eu não escrevo para me tornar eterna, eu escrevo pois pensar é limitadamente irritante. Tenho necessidade de me expressar intensamente com palavras, e nisso tudo, me encontrar. Encontrar a razão de alguma coisa, nem que seja para satisfazer. Escrevo para me satisfazer.

Para ler e apagar. Escrevo para acalmar a irritação, apaguizar o choro.

Escrevo para me mostrar, ou para me esconder. Escrevo para criptografar minhas idéias loucas. Escrevo até para irritar. Não a você - a mim.

Mas quando você lê, leva um pedaço de mim. Uma frase em especial, aquela que encaixa com sua vida, essa você a leva. Leva um pedaço de mim, e deixa um pedaço seu. Me leva em poucos minutos, por poucos minutos. Você, por minutos, dança conforme a minha letra.

Dança e se encanta? dificilmente. Dança e consente, dança e concorda. Dança e critica, e ri, e discorda. Dança, e lê. E passa por minhas incertezas, pelos meus medos. Eles não acenam, não permito. E às vezes, eu te inspiro, te irrito, e satisfaço.

E então, me esquece. Mas você volta, e me acha boba, ou não.

Escrevo para meu próprio prazer, mesmo que os outros vejam. Não há nenhum inocente que não tenha pensado no que eu escrevo, se não, até aquele momento, nunca pensou. Depois, deve ter pensado. Pois não há motivo algum em ler sem interpretar. É como olhar uma obra de arte e não enxergar as cores usadas. Por fim, eu escrevo, pois isso é uma arte, e o meu pincel mal começou a ser utilizado."